Um “autorretrato” pintado à mão pela mundialmente famosa robô humanóide, Sophia, foi vendido em leilão por US $ 688.000 (R$ 3.880 milhões).

O trabalho, em que Sophia teve que “interpretar” uma representação de seu próprio rosto, foi oferecido como um token não fungível, ou NFT, uma assinatura digital criptografada que revolucionou o mercado de arte nos últimos meses. Intitulada “Sophia Instantiation”, a imagem foi criada em colaboração com Andrea Bonaceto, artista e sócia da empresa de investimento blockchain Eterna Capital. Bonaceto iniciou o processo produzindo um retrato colorido de Sophia, que foi processado pelas redes neurais do robô. Sophia então pintou uma interpretação da imagem.

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Sophia, que foi desenvolvida pela empresa Hanson Robotics de Hong Kong, ganhou fama mundial por sua habilidade de conversação, movimentos realistas e expressões faciais complexas. Desde sua ativação em 2016, ela já apareceu em talk shows e palestras, e ainda obteve a cidadania da Arábia Saudita, o que a tornou o primeiro robô a ter uma nacionalidade. O ato de pintar foi “baseado completamente em decisões que ela tomou sem qualquer ajuda humana”, de acordo com Nifty Gateway, o mercado NFT que facilitou a venda.

Through Computational Creativity, I collaborate with artists, AI developers, and engineers. Would you like to create an artwork with me?
⚡ #Drop #NiftyGateway March 23rd, 6.30pm ET⚡ @hansonrobotics @andreabonac_art @niftygateway @ivgalleryla #NFT #robots #artist #cryptoart pic.twitter.com/TocLsqlHIl

— Sophia the Robot (@RealSophiaRobot) March 22, 2021

Apoiados pela tecnologia blockchain, os NFTs conquistaram o mundo da arte ao oferecer uma maneira de verificar e autenticar a propriedade de imagens e vídeos. Os tokens são responsáveis ​​pela explosão no valor da arte digital, que, ao contrário das pinturas ou esculturas físicas, podem ser facilmente replicados e redistribuídos.

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No início deste mês, um trabalho do artista digital Beeple se tornou o primeiro NFT a ser vendido em uma grande casa de leilões. Uma colagem de seus desenhos digitais, intitulada “Todos os dias: os primeiros 5000 dias”, foi vendida por mais de US$ 69 milhões e se tornou a terceira obra mais cara de um artista vivo.

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